Mariupol e Kharkiv voltam a ser atacadas por tropas russas

Rússia retirou parte da artilharia falando sobre negociações de paz, mas Otan confirmou que saída foi para concentrar forças no leste da Ucrânia

Rádio BandNews FM

Inteligência britânica alerta para a deterioração da situação humanitária em Mariupol  Foto: Reuters
Inteligência britânica alerta para a deterioração da situação humanitária em Mariupol
Foto: Reuters

As cidades de Mariupol e Kharkiv, na Ucrânia, voltaram a ser atacadas pelas tropas russas nesta quarta-feira (6), segundo informam os governos locais. A inteligência do Reino Unido fala em bombardeios aéreos na cidade portuária no sul do país e suspeita que um ataque de grandes proporções esteja sendo preparado para as regiões de Donetsk e Lugansk, de maioria russa ao leste da Ucrânia.

A inteligência britânica ainda alerta para a deterioração da situação humanitária em Mariupol. A cidade portuária no sul ucraniano é um alvo estratégico pela saída com o mar negro. A situação está piorando muito, com a falta de energia, água e aquecimento, de acordo com os europeus.

O governo da Rússia disse que retirou parte das forças militares das proximidades de Kiev e Chernihiv, região mais ao norte da Ucrânia, na semana passada, para facilitar as negociações de paz em curso.

Mas a Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar entre europeus e americanos, afirma que essa saída concentra mais forças no leste do país, local onde fica Kharkiv. Ou seja, houve um desvio das tropas e não há uma desescalada da ofensiva militar.

MAIS DA GUERRA

A ONU promete coordenar uma investigação independente para apurar as circunstâncias do possível assassinato em massa de civis na cidade ucraniana de Bucha.

Tropas russas são acusadas de matar ao menos 300 pessoas na região. Imagens de satélites reveladas pelo jornal The New York Times revelaram uma vala comum aberta no período em que os russos dominavam a cidade, desmontando a narrativa da Rússia de que a situação foi armada pela Otan e pelos Estados Unidos para forçar a opinião pública contra o governo de Vladimir Putin.

Nesta terça-feira (05), falando ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, o presidente da Ucrânia chamou o exército russo de terrorista e pediu novas garantias de segurança aos civis.

Volodymyr Zelensky ainda questionou o poder de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU e defendeu uma reforma no órgão para que, segundo ele, as guerras possam ser prevenidas, e não remediadas.