O Ministério Público de São Paulo abre um inquérito civil para apurar as causas do incidente em uma obra da Linha 6-Laranja do Metrô que criou uma enorme cratera na Marginal do Tietê. A Promotoria pede esclarecimentos à concessionária Linha Uni e à construtora espanhola Acciona, responsáveis pela obra, além da Defesa Civil, da CET e da Sabesp.
O Tribunal de Contas do Estado ainda deu trinta dias para que Secretaria de Transportes Metropolitanos detalhe as causas do acidente, eventuais responsabilidades, os prejuízos causados e a previsão de atraso nas obras. O governo paulista criou um comitê com todos os envolvidos no projeto para investigar a origem do problema e apontar as soluções técnicas.
Engenheiro com 40 anos de experiência e especialista em gerenciamento de risco e segurança Gerardo Portella diz que, a partir de agora, uma plano terá que ser feito para evitar mais danos à região onde ocorreu o desabamento.
O Secretario de Transportes da cidade de São Paulo confirmou que o desabamento de parte da Marginal Tietê nesta terça-feira (01) foi ocasionada pelo rompimento de uma galeria de esgoto. Segundo Paulo José Galli, o esgoto passava em cima do túnel das obras da Linha 6-Laranja do metrô.
Com o peso da água e das máquinas chamadas “tatuzão” usadas na construção o solo não suportou e cedeu. Dois trabalhadores que estavam no local foram ferido e estão em tratamento médico.
O asfalto havia cedido pela manhã perto da obra da Linha 6-Laranja do metrô. E, durante a tarde, mais um pedaço da Marginal Tiête desabou entre as pontes do Piqueri e da Freguesia do Ó, no sentido Castelo Branco.
Em nota, a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo afirmou que vai instalar um inquérito para averiguar as causas do rompimento. A tubulação era responsável por transportar o esgoto até a estação de tratamento de Barueri.
As pistas local e expressa da Marginal do Tietê foram bloqueadas no sentido Castelo Branco.