Mais de 300 manifestações de caminhoneiros são desfeitas

21 estados e o Distrito Federal ainda têm registros de interdições e bloqueios

Rodovia Presidente Dutra KM 69 liberada após ocupação de manifestantes Foto: Reprodução/PRF SP
Rodovia Presidente Dutra KM 69 liberada após ocupação de manifestantes
Foto: Reprodução/PRF SP

A Polícia Rodoviária Federal afirma já ter desfeito 330 pontos de bloqueio nas estradas federais que cortam o país, mas ainda existem interdições em rodovias de 21 estados e no Distrito Federal. O último balanço da corporação foi divulgado em coletiva de imprensa em Brasília e nas redes sociais da PRF no início da tarde desta terça-feira (01). Ao todo, são 227 ocorrências ainda ativas.

Os manifestantes são contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmada no último domingo (30). Horas após o resultado, a primeira estrada foi fechada no Mato Grosso. Os estados com mais registro são: Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

Na segunda-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a imediata desinterdição das rodovias e estipulou multa nominal de R$ 100 mil por hora de descumprimento para o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

Já nesta terça-feira (01), com a persistências dos protestos ilegais e antidemocráticos, o magistrado autorizou as policias militares a atuarem em vias federais, estadual e municipal para o desbloqueio das rodovias.

Mais de 100 multas foram aplicadas a caminhoneiros, segundo a Polícia Rodoviária Federal, após a determinação do STF que determinou a liberação das estradas.  

Nos protestos também foram registradas barricadas com fogo colocados em pneus. As superintendências da PRF atualizam a situação das estradas desbloqueadas nas redes sociais. É possível encontrar os endereços a partir do Twitter da Polícia Rodoviária Federal (@PRFBrasil).

A Polícia Rodoviária Federal afirma não saber quem lidera os bloqueios em estradas pelo país, segundo o diretor de inteligência da PRF, Luís Carlos Reishack. A falta de um comando unificado atrasa a negociação e a retirada dos manifestantes da via, segundo o inspetor.

O diretor-executivo da PRF, Marco Antônio Territo, afirmou ainda que os policiais rodoviários que aparecem em vídeos divulgados nas redes sociais sendo condescendente com manifestações antidemocráticas serão investigados.