O calor extremo e a seca sem precedentes deixaram o Brasil em uma situação crítica. Com cidades enfrentando mais de cem dias sem chuva, a umidade do ar no país despencou para níveis comparáveis ao deserto do Saara.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) relatou que mais de 240 cidades do país registraram índices de umidade abaixo ou iguais aos observados em desertos, com algumas chegando perto de 7%. O deserto do Atacama, o mais seco do mundo, tem uma média de umidade de 5%.
O calor se somou à seca, a maior e mais extensa já enfrentada pelo país, com a falta de chuva e a alta temperatura faz com que a umidade evapore, chegando a níveis desérticos.
Não chove em Brasília há 136 dias. Para agravar a situação, o Distrito Federal enfrenta um grande incêndio na Floresta Nacional. O fogo já atingiu mais de 20% do total de 5,6 mil hectares da área verde.
O tempo seco prejudica o combate aos incêndios em diversas regiões do país como São Paulo, Pantanal e Amazonas.
Doze cidades paulistas têm focos de incêndios florestais. No Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, bombeiros tentam barrar o avanço das chamas.
No Espírito Santo, o fogo chegou à Pedra da Mega Tirolesa, no norte do estado. As chamas tinham sido controladas, mas voltaram.
As previsões meteorológicas apontam que a situação pode piorar ainda mais, com mais dias de temperaturas elevadas, o que contribui para a baixa umidade.
O Inmet emitiu um aviso de sinal vermelho para alguns estados, prevendo níveis de umidade abaixo de 12%. Outras regiões enfrentam um alerta amarelo com umidade até 30%.