Mais de 1,6 mil pessoas morreram em Mianmar após o terremoto que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28), segundo as autoridades locais. Já a agência americana US Geological Survey analisa que o número real pode ultrapassar 10 mil mortos. O terremoto de magnitude 7,7 foi o maior com epicentro no país em mais de um século, segundo geólogos dos EUA.
O terremoto afetou grande parte do território de Mianmar, desde o centro até as colinas de Shan. Uma avaliação inicial avalia que pelo menos 2.900 edifícios, 30 estradas e sete pontes foram danificados.
O governo militar de Mianmar fez um pedido por ajuda estrangeira após declarar estado de emergência em seis regiões. O presidente da junta militar, Min Aung Hlaing, convidou "qualquer país, qualquer organização" a vir e ajudar.
Países como a Rússia, a Índia, a Malásia e Singapura estão enviando cargas de suprimentos e equipes de resgate para Mianmar, que já enfrentava uma situação difícil causada por uma guerra civil iniciada após um golpe militar em 2021, ação que derrubou um governo civil eleito. “Vamos continuar acompanhando os acontecimentos e mais ajuda seguirá, ” disse o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar.
Mianmar ainda não se recuperou da guerra, que abalou a economia e deslocou 3,5 milhões de. Antes do terremoto, a Organização das Nações Unidas estimpou que 15 milhões de birmaneses corriam o risco de morrer de fome em 2025.
Em Bangkok, número de mortos chegou a 10. Equipes de resgate atravessaram a madrugada buscando 47 pessoas consideradas desaparecidas.
Na China, moradores das províncias de Yunnan e Guangxi também sentiram os tremores, mas ninguém morreu, informou o Ministério das Relações Exteriores do país.