A Polícia Civil aponta que a mãe de Djidja Cardoso é a responsável pela morte da filha, ex-sinhazinha do Boi Garantido.
Segundo a corporação, uma troca de mensagens de Cleusimar Cardoso confirmou a participação dela no crime de tortura que resultou em morte.
No total, 11 pessoas foram indiciadas no caso, incluindo funcionários do salão de beleza que pertence à família.
A mãe e o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, devem responder por pelo menos 12 crimes, entre eles, tráfico de drogas.
Ademar também deve responder por cárcere privado da própria esposa. Audrey Schott também era uma das vítimas da seita religiosa e foi resgatada pela própria família.
Comunidade de uso da cetamina
De acordo com a Polícia Civil, a família de Djidja planejava instalar uma clínica veterinária para facilitar a compra da cetamina, substância usada como tranquilizantes em cavalos e que causa aluninações em humanos.
O delegado revela ainda que um terreno foi comprado para criar uma comunidade para que outras pessoas fizessem o uso da substância.
A polícia aponta ainda que o grupo familiar realizou estudos dos elementos químicos e passou a fazer testes neles e nos funcionários da rede de salão que pertencia à família.
Djidja, inclusive, foi a pessoa que induziu os funcionários a usarem a cetamina. Após o grupo sentir dificuldades para conseguir a substância, o ex-namorado de Djidja Bruno Roberto foi quem apresentou o personal Hatus Silveira.
Ele indicou a clínica que fornecia Potenay, um medicamento aplicado em bovinos com quadros de sistema imunológico debilitado.
Conforme a Polícia Civil, Dijdja Cardoso foi achada morta na própria casa no dia 28 de maio.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que morte da ex-sinhazinha foi causada por edema cerebral. A principal hipótese é de que Djidja teria sofrido uma overdose de cetamina.