A cinco dias da eleição na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro sugere que quem está preocupado com a situação que “tome um chá de camomila”. A declaração foi dada na terça-feira (23) em Caracas e é vista como uma resposta ao presidente Lula, que se mostrou preocupado com as falas do ditador.
Antes, Nicolás Maduro chegou a dizer que, se não vencesse a eleição, poderia haver um “banho de sangue” e uma “guerra civil” na Venezuela.
Em um comício nesta terça-feira, o presidente e candidato ao terceiro mandato negou ter ameaçado o povo do país ao falar, dias atrás, sobre a possibilidade de um banho de sangue caso ele não seja reeleito.
Maduro lembrou de protestos com mortes provocadas pela polícia em 1989, no governo que antecedeu o movimento bolivariano de Hugo Chávez. Ele ainda citou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e atual presidente da Argentina, Javier Milei, e disse que a violência vem da direita extremista.
O acesso a sites de notícias independentes foi bloqueado nesta terça-feira na Venezuela, segundo denúncia de uma ONG e do sindicato da imprensa do país. As restrições foram impostas nas principais operadoras de internet estatais e privadas.