O governo da Venezuela expulsou nesta segunda-feira (29) os embaixadores de países latino-americanos que não reconheceram a legitimidade da reeleição de Nicolás Maduro.
Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai tiveram seus corpos diplomáticos expulsos do país por completo.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil Pinto, informou que "o país rejeita as ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados de Washington e comprometidos com as mais sórdidas ideologias do fascismo internacional".
Além dos citados, líderes de Alemanha, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Equador, Guatemala, Itália, Portugal e Reino Unido também não reconheceram os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral.
Já aliados históricos de Maduro, como Cuba, Rússia e Irã o parabenizaram pela terceira reeleição. China, Bolívia e Nicarágua fizeram o mesmo. O Brasil não se manifestou sobre o resultado eleitoral.
Segundo o CNE, Maduro teve 51,2% dos votos válidos contra 44% de seu opositor Edmundo González com 80% das urnas apuradas. Segundo o presidente do órgão, Elvis Amoroso, mesmo com 20% dos votos a serem contabilizados, o resultado seria irreversível.
Manifestantes foram às ruas da capital Caracas para contestar o resultado do pleito. Milhares de pessoas entoaram gritos que pediam a saída de Maduro da presidência, cargo que ocupa desde 2017. O mandato é de seis anos.
Houve confronto entre policiais e populares, porém, ainda não há informação de feridos, presos ou mortos.
Em Saher de Coro, foi registrado um vídeo de pessoas derrubando uma estátua de Hugo Chávez, antecessor de Maduro.