Macron e Le Pen reeditam 2º turno de 2017 na França com desafios nos discursos

Atual presidente da França teve mais votos do que o previsto em pesquisas, mas crescimento da extrema-direita é ameaça para reeleição

Rádio BandNews FM

Projeções atuais apontam que a disputa atual será mais acirrada Foto: Reuters
Projeções atuais apontam que a disputa atual será mais acirrada
Foto: Reuters

Os franceses voltam as urnas no dia 24 de abril para escolher o novo presidente do país. O segundo turno será disputado entre Emanuel Macron, que tenta a reeleição, e Marine Le Pen, candidata da extrema-direita e que concorre pela terceira vez ao Palácio do Eliseu.

Com 97% das urnas apuradas até o início da manhã desta segunda-feira (11), o atual presidente obteve 27,6% dos votos contra 23,4% de Le Pen.

Ainda na noite de domingo (10), após a divulgação dos resultados de boca de urna, Emanuel Macron falou em um futuro completamente novo. Marine Le Pen abordou a questão da imigração e disse que Macron promoveu a divisão, a injustiça e a desordem na França.

A candidata da extrema-direita, com um discurso anti-imigração e pelo fortalecimento de uma visão nacionalista na segunda maior economia da Europa, apareceu atrás de Macron em todas as pesquisas eleitorais da campanha, mas, nos últimos dias, diminuiu a diferença e alcançou os melhores resultados ao suavizar o discurso extremado. A candidata tem investido na discussão econômica e falado do aumento da inflação, além da perda do poder de compra dos franceses.

Cerca de 48 milhões de pessoas estão aptas a votar no país, mas o voto não é obrigatório. A abstenção chegou a 26%, um índice alto para os padrões franceses. O desestímulo com um presidente que encontra resistências e a falta de candidatos que encantaram os eleitores são algumas das respostas para os números.

Com a chegada ao segundo turno, Macron e Le Pen reeditam a disputa de 2017, quando o atual presidente foi eleito com 66% dos votos, contra 34% da direitista.

As projeções atuais apontam que a disputa atual será mais acirrada, já que ambos estão cada vez mais próximos nas pesquisas.

A espera agora é pelo debate entre os candidatos, já que Macron não participou de encontros durante o primeiro turno.