O ex-presidente Lula se reuniu nesta segunda-feira (03) com os coordenadores de campanha para traçar estratégias e buscar apoios para o segundo turno das eleições presidenciais.
Aliados do petista afirmaram em conversas reservadas que esperavam mais votos dos eleitores de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas ficaram satisfeitos com o Nordeste.
Ficou acertado que agora o jogo será travado de olho no eleitorado do Sudeste, inclusive de Minas Gerais, onde lula foi o mais votado. Além, claro, da composição com os presidenciáveis que perderam a disputa.
O Partido dos Trabalhadores já está em contato com Simone Tebet e com o comando do partido dela, o MDB. A aposta é de apoio duplo à Lula. O cidadania, que estava com a candidata, também deve ficar com o petista no segundo turno.
O PSDB é tido como uma aliança mais difícil, que vai passar pelas negociações em São Paulo.
Com Ciro Gomes, o PT se disse de portas abertas ao diálogo, mas a sinalização que já chegou é de que ele não vai fechar com ninguém. Mesmo assim o PDT, aliado histórico dos petistas, deve entrar na chapa.
O ex-presidente vai retornar às ruas nesta semana, com dois destaques nos discursos: vai seguir falando em esperança e da "volta aos bons tempos" de quando estava no poder. E já deixou claro que quer debater com Jair Bolsonaro.
Na reunião com a coordenação de campanha também ficou acertado que Lula deve ir para o interior de São Paulo, que deu mais votos ao adversário. E vai dedicar parte da agenda para convencer os mais de 30 milhões de eleitores que não foram votar.
O ex-presidente está sendo aconselhado a divulgar uma carta com acenos ao centro, nos moldes da carta ao povo brasileiro, feita em 2002, que facilitou o apoio no primeiro governo.
O candidato a vice, Geraldo Alckmin, foi escalado para os primeiros contatos com setores como o agronegócio e o mercado financeiro. Marina Silva, eleita deputada, vai fazer a ponte com os evangélicos.