O presidente Lula retorna ao Brasil neste domingo (16) depois de cumprir agendas oficiais na China e nos Emirados Árabes Unidos. Ao falar com a imprensa no hotel em Abu Dhabi, Lula respondeu que não tratou da extradição do empresário Thiago Brennand com o governo local.
O herdeiro responde a seis denúncias feitas pelo Ministério Público de São Paulo e tem quatro pedidos de prisão preventiva em aberto. A maior parte dos casos diz respeito a abusos contra mulheres.
Em outubro do ano passado, Brennand chegou a ser preso em Dubai depois de ter sido incluído na lista vermelha da Interpol, mas foi liberado depois de pagar fiança.
"Eu fiquei sabendo que os Emirados Árabes vão fazer a extradição. Quando ela vai acontecer é uma questão da Justiça. A única coisa que eu sei é que se no mundo existir um milhão de cidadãos como este todos merecem ser punidos. Não é aceitável que um brutamonte desses seja agressor de mulheres. Acho que ele tem que pagar", defendeu o presidente.
Lula também comentou a criação de um novo tipo de G20 para reunir países que estão, segundo ele, interessados em manter a paz no mundo. "O Brasil tem pensamento próprio e quer voltar a ser ator protagonista de muita influência, sobretudo, nessa questão do clima. Poucas nações têm autoridade política e moral para discutir isso", afirmou.
O presidente também se pronunciou sobre as negociação da paz entre Rússia e Ucrânia. "A decisão da guerra foi tomada por dois países. E agora o que estamos tentando construir é um grupo de países que não tem envolvimento com a guerra, que não quer a guerra, que desejam construir paz no mundo", disse na coletiva.
"Também temos que ter em conta que é preciso conversar com os Estados Unidos e com a União Europeia", complementou.