O chefe do Executivo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reúne-se na tarde desta sexta-feira (01) com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro e a expectativa, segundo auxiliares próximos do petista é a de que ele "meça" a temperatura do país vizinho. 

O brasileiro deve manifestar, também, o interesse do Brasil em ver o cumprimento do Acordo de Barbados, celebrado no ano passado, que prevê a libertação de opositores ao regime venezuelano e eleições transparentes e democráticas por lá.

Maduro vem recebendo críticas da comunidade internacional por não cumprir o o acordo diplomático. Na semana passada, 12 funcionários de um escritório local do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos deixaram a Venezuela.

Lula também está preocupado com o fato de que, no fim de janeiro, a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, que venceu as primárias entre os opositores, teve a candidatura barrada pelo Supremo Tribunal. Em fevereiro, a ativista Rocío San Miguel foi presa, acusada de terrorismo e considerada traidora da pátria pelo Governo Maduro.

A disputa pela região de Essequibo, na Guiana, deve estar na pauta do encontro, também.

Além da agenda com Nicolás Maduro, Lula vai aproveitar a participação na Celac para outras reuniões, entre elas, um encontro ampliado com o presidente Gustavo Petro, da Colombia, e chanceleres do Chile e do México sobre a situação na Faixa de Gaza.

Está prevista, também, uma reunião bilateral com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.