O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar as “imposições” da União Europeia para confirmar o acordo entre os europeus e o Mercosul. Em entrevista nesta terça-feira (4), o petista disse que os presidentes sul-americanos vão discutir uma contraproposta para apresentar aos parceiros.
Também nesta terça (4), Lula assume a presidência rotativa do Mercosul, que está sob o comando da Argentina.
A principal divergência do petista é a abertura para compras governamentais. O presidente disso que se abrir “mão das empresas brasileiras para comprar de empresas estrangeiras, a gente vai matar pequenas e médias empresas brasileira e pequenos e médios empreendedores e vamos matar muitos empregos aqui no Brasil".
O acordo Mercosul-União Europeia foi anunciado em 2019, mas novas exigências e a discussão de medidas regulatórias têm atrasado a formalização da negociação. Além da abertura de compras governamentais, os europeus também trabalham por cláusulas ambientais que são vistas como ruins pelo agronegócio.
Segundo Lula, na reunião de cúpula do Mercosul que acontece em Puerto Iguazú vai discutir uma contraproposta clara dos países e uma comitiva vai a Bruxelas, sede administrativa da UE, para negociar os pontos finais do acordo.
O brasileiro ainda disse que espera anunciar um acordo definitivo até o fim do ano. Além dos últimos tópicos, é preciso também trabalhar pela aprovação do documento nos Legislativos locais.