A campanha de segundo turno à Presidência da República começa já nesta segunda-feira (3) com ambos os candidatos em busca de apoios e novos votos para garantir a vitória no dia 30 de outubro. Em discurso na noite de domingo (2), Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, acenou para Simone Tebet, do MDB, e Ciro Gomes, do PDT, em busca de apoio. Já o presidente Jair Bolsonaro, do PL, falou em planejamento.

O candidato à reeleição acompanhou a apuração no Palácio da Alvorada e disse que falaria nesta segunda-feira (3) com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, para decidir o futuro da campanha. Bolsonaro destacou ainda que buscará um apoio explícito do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, reeleito em primeiro turno. O mineiro já disse que não apoia o petismo.

O presidente também aposta no apoio de Cláudio Castro, do PL, governador reeleito do Rio de Janeiro. Bolsonaro pretende aumentar as intenções de voto no Sudeste e precisa recuperar terreno em território fluminense para tirar a vantagem de Lula no Nordeste.

O candidato à reeleição também deu mostras no discurso após a apuração de que vai apostar na pauta de costumes e ideológica para desgastar Lula no segundo turno. O presidente deve ainda reforçar o tema da corrupção para aumentar a rejeição do ex-presidente.

No gabinete petista, a segunda-feira (3) será dedicada pra buscar apoiou. Luiz Inácio Lula da Silva disse que quer a campanha na rua já é a agenda de viagens deve priorizar as agendas no Sudeste e no Sul, onde a rejeição ao PT é grande. Em Santa Catarina, o partido conseguiu chegar ao segundo turno na disputa ao governo.

A presidente do partido, Gleisi Hoffman, ficará responsável por tentar pontes com Ciro Gomes e Simone Tebet. A candidata do MDB disse que iria se posicionar e deu 48 horas para os partidos da própria aliança decidirem por apoios no segundo turno. Enquanto Ciro, ex-aliado de Lula, pediu tempo para pensar e refletir sobre o recado das urnas. O PDT, partido do cearense, já deu indicativo de apoio à Lula.