O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em Brasília nesta sexta-feira (23) para as últimas negociações da montagem do ministério do último governo. Faltam 16 nomes serem anunciados e a expectativa é que partidos aliados sejam contemplados com cargos no primeiro escalão do futuro governo.
Lula tem um encontro marcado com a senadora Simone Tebet nesta sexta-feira (23) para tentar definir qual ministério será destinado para a parlamentar do Mato Grosso do Sul.
Tebet ficou na terceira colocação na eleição presidencial e se empenhou na campanha de segundo turno. Colocada como aliada essencial, o nome da senadora foi preterido do Ministério do Desenvolvimento Regional. A pasta que cuida do Bolsa Família ficou com o senador petista Wellington Dias.
Também existe a expectativa pela definição da participação da ex-ministra e deputada federal eleita, Marina Silva (Rede), no futuro governo. A ambientalista é cotada para o Ministério do Meio Ambiente ou para a Autoridade Climática, agência que será criada para combater as mudanças climáticas e vai coordenar as ações do Brasil contra o aquecimento global.
Lula também tenta equacionar os pedidos de partidos políticos que prometem apoio no Congresso ao futuro governo. MDB, PSD e União Brasil desejam espaço na Esplanada para caminhar com o petista.
As negociações são acompanhadas pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que também atua na coordenação da articulação política durante a transição. O presidente eleito avisou que permanece na capital federal até o meio da tarde e depois segue para São Paulo, onde passará o Natal com a família.
Lula pretende anunciar a composição final do ministério entre segunda (26) e terça (27).
Nesta quinta (22), o presidente eleito indicou 16 nomes para as mais diferentes pastas e completou 21 dos 37 futuros ministérios já com ocupantes definidos.
Sobraram ainda postos importantes como o Ministério do Planejamento, de Minas e Energia, Desenvolvimento Regional, Comunicações, Transportes e Meio Ambiente.
Também são esperadas as nomeações para cargos importantes na estrutura pública como a presidência da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.