O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta terça-feira (11) rumo à China com o objetivo de relançar as relações com o principal parceiro comercial do país desde 2009. Segundo o próprio governo, essa é "uma das mais importantes visitas de estado do terceiro mandato".
Na comitiva estarão empresários, governadores, senadores, deputados e ministros. A programação inclui visitas oficiais, conversas bilaterais e assinaturas de diversos acordos.
Dados do Palácio do Planalto mostram que a China importou mais de US$ 89 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e vendeu 60 bilhões de dólares para o país. Ainda de acordo com o governo, na comparação com 2004, ano da primeira viagem de Lula ao país, o volume de negócios envolvendo China e Brasil cresceu 21 vezes.
Mesmo com o adiamento da visita do presidente Lula por questões de saúde, quando parte da comitiva já tinha deixado o Brasil, o governo afirma que conseguiu importantes resultados, especialmente na agricultura e pecuária, como o fim do embargo à venda de carne bovina do Brasil. Outros destaques da pauta do evento incluem o turismo entre os dois países, além de investimentos.
O governo brasileiro espera que programas brasileiros como o de combate à fome, de proteção ao meio ambiente e de desenvolvimento sustentável possam ser vistos como referência pelo governo chinês.
Cerca de 20 acordos bilaterais devem ser assinados durante a visita. Um deles será para a construção de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.
A primeira cidade chinesa a ser visitada será Xangai, onde Lula irá participar da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS. No dia seguinte, vai para Pequim e vai se encontrar com autoridades do país, incluindo o Primeiro-Ministro da China, Li Qiang, e depois será recebido em cerimônia oficial pelo presidente Xi Jinping.