Depois de uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo apontar que o presidente Lula ficou com relógios de luxo e um colar de ouro branco que ganhou de presente no primeiro mandato, a a Presidência da República diz que não há irregularidades. Os itens foram incorporados ao acervo pessoal do petista quando ele deixou o cargo.
Em 2016, a lista de presentes dados ao presidente Lula foi alvo de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) e de uma ação da Lava Jato.
Na época, foi determinado que o então ex-presidente devolvesse a maior parte do que levou consigo. No total, Lula restituiu 453 itens avaliados em mais de R$ 2 milhões, entre esculturas, quadros, tapetes, vasos e louças.
Já no âmbito da Lava Jato, foram devolvidos 21 bens considerados valiosos.
A reportagem identificou, no entanto, que alguns objetos de luxo permaneceram no acervo pessoal do presidente Lula e não foram devolvidas à União, como um relógio Piaget avaliado R$ 80 mil; um Cartier Santos Dumont feito em ouro branco de 18 quilates e prata 750, avaliado em quase R$ 60 mil - os dois presenteados pelo governo francês -, e um colar de ouro branco oferecidos pela Citic Group Corporation, empresa de investimento estatal da China.
Além de negar irregularidades, a Presidência da República também disse que Lula não vendeu nenhum dos presentes que recebeu.