O presidente Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram nesta sexta-feira (26), em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, as estratégias que serão utilizadas pelo governo para otimizar as formas de ensino em 2024. De acordo com o MEC, as políticas foram elaboradas com base em sugestões da Sociedade Civil, prefeitos, secretários da Educação e parlamentares.
Uma das estratégias é o programa Pé-de-Meia, que funcionará como uma poupança para os estudantes de baixa renda que cursarem o ensino médio. De acordo com o Poder Executivo, já foram investidos cerca de R$ 7 bilhões no projeto. A ideia do governo é pagar 10 parcelas mensais de R$ 200 em cada um dos três anos letivos, com um bônus de mil reais no ano de conclusão e R$ 200 caso o aluno faça o Enem.
Foi anunciado também um aumento nos investimentos para escolas em tempo integral. A previsão é de que os valores cheguem a 12 bilhões de reais até 2026.
O governo pretende realizar uma nova etapa do Desenrola FIES, onde mais de um milhão de estudantes poderão negociar dívidas com descontos que podem chegar a 99% ou com dedução completa dos juros. Com isso, o Ministério da Educação espera ter quase 3,5 milhões de vagas no programa, que já teve adesão de todos os estados e 91% dos municípios do país.
Além disso, há a proposta para o novo ensino médio, elaborada em 2023 e que está sob análise do Congresso. De acordo com Camilo Santana, o projeto busca priorizar a formação técnica e exigirá 2400 horas obrigatórias.
Em suas redes sociais, o presidente Lula disse: “Cada prefeito e governador têm que ter em conta que nós vamos fiscalizar essas políticas para ver se estão sendo cumpridas.”
Ao fim da coletiva, Lula e Camilo Santana ainda afirmaram que o governo federal investiu cerca de R$ 720 milhões em educação profissional, tecnológica e superior em diversos estados e municípios brasileiros. Esse investimento foi destinado para a construção de novos campi, laboratórios e aquisição de equipamentos para institutos e universidades federais.