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Lula diz que América "não precisa de guerra", em referência a Guiana

Presidente brasileiro participou da 63ª edição da reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul

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Lula na Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro
Reprodução

O presidente Lula afirma que a América do Sul “não precisa de guerra”, em referência à disputa pelo território de Essequibo, da Guiana, que a Venezuela quer anexar. O brasileiro discursou na abertura da 63ª edição da reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul, nesta quinta-feira (07), no Rio de Janeiro. 

"Uma coisa que nós não queremos aqui na América do Sul é guerra. Nós não precisamos de guerra, não precisamos de conflito […] Nós precisamos construir a paz, porque somente com muita paz a gente pode desenvolver o nosso país, a gente pode gerar riqueza e a gente pode melhor a vida do povo brasileiro", declarou o presidente brasileiro. 

Lula pôs o Brasil à disposição para mediar o conflito e ser a sede de reuniões entre Venezuela e Guiana. No entanto, o presidente pediu à Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) atue também na mediação. O brasileiro requereu que, além da Celac, a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) busque um encaminhamento pacífico para as tensões no norte da América do Sul.

No último domingo, o ditador venezuelano Nicolás Maduro fez um referendo com a população, que aprovou a anexação do território de Essequibo. A região, que tem área maior do que a Inglaterra, atualmente pertence à Guiana.

Para Lula, o Mercosul não pode ficar alheio à tentativa de anexação. O presidente brasileiro disse que o bloco acompanha “com crescente população” o aumento da tensão entre Venezuela e Guiana.

"Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de reintegração regional ou constitua ameaça à paz e à estabilidade", argumentou Lula. 

Acordo Mercosul-União Europeia

Lula também abordou no discurso na reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul o acordo comercial do bloco com a União Europeia. O presidente disse que tinha o  “sonho” de concluir a negociação para o acordo passar a valer.

"As resistências da Europa ainda são muito grandes. Estranho a falta de flexibilidade deles de entender que nós temos ainda muita coisa para crescer", afirmou o brasileiro.

No discurso, Lula afirmou que os europeus precisam compreender que o Mercosul quer se industrializar e vender produtos com maior valor agregado. O presidente também cobrou a União Europeia de reconhecer a credibilidade dos órgãos que verificam o desmatamento no continente.

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