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Lula defende sistema eleitoral brasileiro e pede investigação sobre atos ilegais

Presidente eleito disse que urnas devem ser defendidas e elogiou a rapidez na divulgação dos resultados

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve nesta quarta-feira (09) no Tribunal Superior Eleitoral e defendeu o processo eleitoral brasileiro e a investigação de atos ilegais que questionam o resultado das eleições. O petista se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Estavam presentes também o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Aloízio Mercadante e o senador Randolfe Rodrigues.

Antes de chegar à Justiça Eleitoral, Lula esteve reunido com os presidentes da Câmara e do Senador, além de ter visitado o Supremo Tribunal Federal, onde foi recebido pela ministra Rosa Weber e demais integrantes da Corte. Este foi o primeiro dia com compromissos cumpridos pelo novo presidente em Brasília desde a vitória nas urnas em 30 de outubro.

Em conversa com jornalistas, Lula disse que esteve no TSE para agradecer pela lisura do processo eleitoral e pelas ações colocadas em curso para respeitar a democracia. O presidente eleito também exaltou as urnas eletrônicas. “A urna eletrônica é uma conquista do povo brasileiro. Eu acho que muitos países invejam o Brasil pela lisura do processo. Um processo que termina a eleição às 17h e às 20h já está todo mundo sabendo quem foi eleito. Nos Estados Unidos, o país mais abastado do mundo, ainda estão contando voto no papelzinho pra saber quem foi eleito”, disse Lula.

O presidente eleito afirmou ainda que reafirmou o compromisso de respeitar os demais Poderes e que espera uma convivência harmônica com a Câmara dos Deputados e o Senado.

A fala de Lula sobre o processo eleitoral ocorre no momento em que atos ilegais e protestos questionam a vontade da maioria da população nas urnas. Desde a noite do dia 30 de outubro, horas após a divulgação dos resultados eleitorais, grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro protestam em estradas e em frente a instalações militares.

“Essas pessoas não têm porque protestar. Eu acho que é preciso detectar quem está financiando esses protestos. Não tem nem pé, nem cabeça, as ofensas às autoridades, ameaças de fechamento, agressões verbais”, afirmou o presidente eleito.

Nesta quarta-feira (09), segundo a Polícia Rodoviária Federal, não há mais pontos de bloqueios nas rodovias federais. No auge das manifestações, eram mais de 300 trechos com interdições parciais e totais em 25 estados e no Distrito Federal.

Os atos ilegais são investigados pelo Ministério Público em diferentes estados e procuradores já entregaram relatórios ao Tribunal Superior Eleitoral com suspeitas sobre o financiamento das manifestações antidemocráticas.  

Ainda nesta quarta-feira (09), o Ministério da Defesa entregou ao TSE um relatório sobre o funcionamento das urnas eletrônicas. Os militares atestaram não terem encontrado fraudes no processo eleitoral, mas deixaram a porta aberta para sugerir melhorias no código fonte utilizado.