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Lula confirma entrada do Brasil na Opep+, mas cobra transição energética

Presidente da República voltou a discursar na COP28, em Dubai

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Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou na manhã deste sábado (2) a adesão do Brasil ao grupo Opep+ - Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados -, mas pontuou que o Brasil vai pautar a importância de superar a política de uso do petróleo como principal matriz energética para migrar à energia verde.

De acordo com o mandatário, é importante participar da Opep+ pois dá ao Brasil a possibilidade de “convencer os países produtores de petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis”.

“Se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram com petróleo e fazer investimento para que um continente como o africano, como a América Latina, possa produzir os combustíveis renováveis que eles precisam. Sobretudo o hidrogênio verde porque, se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis”, ressaltou o presidente.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o convite não veio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que decide os cortes de produção para subir o preço do barril, mas sim da Opep +, que estuda como os países produtores de petróleo podem enfrentar a transição energética.

Conflitos na Ucrânia e em Israel

O presidente brasileiro aproveitou sua participação na COP-28 para falar sobre a reunião do G77 - grupo que reúne as nações em desenvolvimento -, para debater a guerra que ocorre no Oriente Médio e no Leste Europeu.

Lula disse que, enquanto se debate a questão climática, continua a guerra na Ucrânia, além do conflito entre Israel e Hamas: "O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é praticamente um genocídio. Milhares de crianças e mulheres assassinados. E eu penso que, daqui do G77, precisamos fazer um chamado pela paz e pela sensatez para salvar o planeta, e não para o destruirmos em guerras"

O mandatário continua em Dubai para uma série de reuniões ao longo do dia, inclusive com o presidente da França, Emmanuel Macron, e deve deixar os Emirados Árabes Unidos ainda neste sábado (2).

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