O presidente Lula diz que não quer criar confusão com o Banco Central, mas cobra vigilância dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do planejamento, Simone Tebet, além de senadores. A declaração ocorreu nesta terça-feira (07).
Haddad e Tebet integram, junto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Conselho Monetário Nacional. O órgão pode encaminhar ao presidente da República o pedido de destituição do chefe da autoridade monetária em caso de "comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos" da autarquia, de acordo com a lei que criou a autonomia do BC.
Já ao Senado cabe aprovar essa troca de nomes, se receber o pedido do chefe do Executivo.
A fala de Lula ocorre na esteira de uma sequência de críticas à instituição, desde que o Comitê de Política Monetária, na semana passada, manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva, na primeira reunião desde que o presidente Lula tomou posse.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou, também nesta terça, que a ata do Copom foi mais "amigável" em relação às políticas adotadas pelo governo federal. Segundo ele, foi iniciada a discussão sobre alterações nas metas de inflação, fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.