O presidente Lula afirmou, neste domingo, que o Brasil precisa ser mais civilizado, sem que as divergências terminem em agressão. O petista discursou neste domingo (23) na cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. "As pessoas não têm que se gostar, mas têm que se respeitar e aprender a conviver respeitosamente".

Em seguida, o petista lembrou das hostilidades sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, quando estava com familiares no aeroporto de Roma, na Itália, no último dia 14. Sem citar o nome, Lula se referiu a Roberto Mantovani que considerou esdrúxula e equivocada a expulsão dele do PSD, após o episódio no terminal. "Um canalha não só ofendeu, como bateu no filho dele. Esse cara é de uma empresa alemã e eu entreguei o nome dele para o chanceler alemão. E ele foi expulso do partido, ontem, pelo Kassab".

A Polícia Federal investiga se Moraes e o filho foram ofendidos e agredidos pelo empresário que é de Santa Bárbara d'Oeste. A defesa de Mantovani já tinha divulgado nota em que considerou precipitada a decisão da legenda. "Surpreendem atitudes precipitadas como essa, em que um homem com passado ilibado, com uma admirável história de vida, é "julgado" por ato que nem mesmo foi apurado nas instâncias próprias".

Também neste domingo (23), o presidente Lula esteve no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde realizou uma infiltração na região do quadril. Segundo a assessoria de imprensa da Presidência, o petista deve passar por cirurgia na área no segundo semestre, já que não há urgência.