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Lula após visitar Câmara, Senado e STF: “Brasil vai voltar à normalidade”

No primeiro dia em Brasília, presidente eleito defende harmonia entre Poderes e disse ter encontrado disposição de Lira e Pacheco em ajudar

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (09) que o “Brasil vai voltar à normalidade” e defendeu a harmonia entre os Poderes após participar de reuniões com os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. Na primeira viagem a Brasília desde que foi eleito, o petista disse ainda ter encontrado disposição em Lira e Pacheco para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição que garante o pagamento de R$ 600 para beneficiários do Bolsa Família.

O primeiro encontro do dia foi com Arthur Lira, presidente da Câmara. Lula estava acompanhado do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, além de parlamentares do PT. Lira é aliado do presidente Jair Bolsonaro e foi um dos primeiros políticos a reconhecer o resultado das urnas. O deputado não se pronunciou após a reunião a portas fechadas na Residência Oficial da Presidência da Câmara.

No início da tarde, foi o presidente do Senado que recebeu a comitiva do novo governo. Rodrigo Pacheco estava acompanhado de outros senadores e disse no Twitter ter discutido com Lula temas “institucionais e de interesse do governo de transição”.

O senador mineiro afirmou ainda que assumiu o compromisso de “trabalhar, de forma responsável e célere, para assegurar os recursos que garantam, em 2023, os R$ 600 do Auxílio Brasil, o reajuste do salário mínimo, e os programas sociais necessários para a população mais carente do país”.

Lula foi questionado pela imprensa se iria interferir na disputa pela presidência das casas do Congresso e disse não ser esse um tema em discussão na Presidência da República. O presidente eleito afirmou que priorizará o diálogo e a harmonia entre os Poderes.

“Não cabe ao presidente da República interferir em quem será o presidente do Senado ou da Câmara. Ou seja, quem vai decidir quem será os presidentes das Casas serão os senadores e deputados”, afirmou Lula. O presidente eleito continuou: “A gente não tem que olhar o Congresso e o Centrão. O Centrão é uma composição de vários partidos políticos que o PT tem que aprender a conversar e convencer das nossas propostas”.

Lira e Pacheco buscam apoios para continuarem à frente dos trabalhos no Legislativo e já se movimentam para a disputa marcada apenas para fevereiro de 2023.

No fim da tarde, Luiz Inácio Lula da Silva esteve ainda no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral.

No STF, além da presidente da Corte, Rosa Weber, todos os ministros estavam presentes na audiência. A exceção foi Luís Roberto Barroso, que está no Egito para participar da COP-27, a Conferência do Clima das Nações Unidas.

Em nota, o Supremo afirmou que “os ministros apontaram [ao presidente eleito] preocupações para o Brasil, como a necessidade de investimentos em educação e meio ambiente. O presidente eleito, por sua vez, afirmou que atuará pela reconstrução da união do Brasil”.

Por fim, Lula foi para o Tribunal Superior Eleitoral, quando então falou com a imprensa. Além da garantia de respeito aos demais Poderes, o petista aproveitou para dizer que não há tempo para vingança ou ódio no país e que o momento atual é de conversas.