Lula anuncia Aloizio Mercadante como novo presidente do BNDES

Mercado reagiu mal ao anúncio, operando por mais um dia em queda

BandNews FM

Mercado reagiu mal ao anúncio, operando por mais um dia em queda
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta terça-feira (13) o nome do ex-ministro da Educação e da Casa Civil Aloizio Mercadante como o próximo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio ocorreu durante o evento que marcou o fim dos trabalhos da equipe de transição governamental.

"Eu, Aloizio Mercadante, vi algumas críticas sobre você, sobre boatos que você vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer para vocês que não é mais boato, Aloizio Mercadante será presidente do BNDES", afirmou o presidente eleito.

Mercadante, de 68 anos, é um nome de confiança de Lula. Ele participou da campanha do petista, elaborando o plano de governo. Na transição, o ex-ministro coordenou os mais de 30 grupos técnicos de trabalho.

Nesta segunda-feira (12), antes da confirmação do novo presidente do BNDES, o mercado reagiu mal a essa possibilidade, com o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, fechando o dia em queda. Nesta terça, a tendência de queda foi mantida.

O principal temor é que haja uma mudança na Lei das Estatais com a entrada de Mercadante no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Isso poderia facilitar indicações de políticos para estatais.

Criado em 1952, o BNDES é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério da Economia. A instituição é um instrumento do governo para financiamentos de longo prazo e investimentos em diversos setores produtivos.

Também nesta terça, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nomeou o ex-banqueiro Gabriel Galípolo como secretário-executivo da pasta. O objetivo é criar um canal direto de interlocução com o mercado financeiro.

A nomeação foi confirmada após encontros com o chefe da equipe econômica de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Guedes, e com o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto.

Presidente do banco Fator de 2017 a 2021, Galípolo atuou na modelagem das privatizações das privatizações da Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo) e da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio), ocorridas sob protesto de petistas.

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