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Lula afirma que Alckmin não será ministro e defende pobres como prioridade

Presidente eleito defendeu que os pobres sejam prioridade do novo governo; petista esteve pela 1ª vez no gabinete de transição

Eduardo Frumento

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (10) ter indicado Geraldo Alckmin para a coordenação do gabinete de transição para que “ninguém achasse que ele será ministro”. O vice-presidente eleito era cotado para uma pasta no novo governo. No entanto, o petista destacou o ex-governador já é vice-presidente e terá participação ativa no Palácio do Planalto.

O petista disse ainda ter pedido que os convidados para participar da transição não necessariamente estarão no governo e reforçou que o trabalho atual é de analisar a situação atual do país. Lula afirmou que é momento de incluir e não excluir aqueles que querem participar da construção do terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto.

O novo presidente fez ainda um afago aos aliados que saíram derrotados das urnas e disse que até os perdedores podem escrever a História e podem participar da transição.

Lula citou que o principal desafio do novo governo será incluir os mais pobres na vida do país. Ele se emocionou e disse que aqueles que nascem nos grandes centros metropolitanos não sabem o real significado de programas sociais.

“O Estado tem a obrigação de cuidar e dar a possibilidade de igualdade de condições para as pessoas”, afirmou o petista. “Nós temos que tratar prioritariamente as pessoas mais pobres”.

Antes da fala de Lula, a presidente do Partido dos Trabalhadores pediu calma com relação aos anúncios do novo governo e disse que tudo tem seu tempo. Ela ainda agradeceu aos partidos aliados e que estão com a legenda.

Já o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o clima de normalidade está voltando ao país e que o ar “está mais leve”. O ex-governador de São Paulo reforçou que a transição do governo será “democrática, participativa e contributiva”.

Lula, Alckmin e outros integrantes do gabinete de transição participaram de reuniões com aliados no Centro Cultural Banco do Brasil. Foi a primeira visita do presidente eleito à sede da transição, que fica a sete quilômetros do Palácio do Planalto.

Na quarta-feira (09), no primeiro dia da viagem a Brasília, o presidente eleito esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir a tramitação de uma Proposta de Emenda à Constituição que garanta o pagamento de R$ 600 mensais para o Bolsa Família.