O âncora de O É da Coisa, Reinaldo Azevedo, analisa os efeitos das mudanças na Medida Provisória que reorganiza a Esplanada dos Ministérios. Deputados aprovaram alterações no texto do governo e retiraram poder das pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.

As ministras Marina Silva e Sonia Guajajara foram convocadas para uma reunião no Palácio do Planalto para discutir alternativas a partir de agora. A MP ainda depende de votação no plenário da Câmara dos Deputados e no Senado. Por isso, o governo ainda trabalha por mudanças na medida.

Reinaldo afirma parecer que os parlamentares queriam dar uma resposta ao Planalto depois da votação da nova regra fiscal. O arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad foi aprovado com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-BA). Depois da votação, o plenário aprovou a urgência do marco temporal para demarcações indígenas e desidratou órgãos ambientais.

Para o jornalista, o governo vai passar a viver uma nova fase e os efeitos do arcabouço fiscal já podem inclusive ser percebidos na bolsa de valores e nas previsões de inflação.

No entanto, o âncora entende que mesmo com esta vitória parcial no campo econômico, o Centrão segue sendo um empecilho para Lula.

Reinaldo entende que o Centrão escolheu Marina Silva como alvo por achar a política uma figura frágil, entretanto, a ministra provou ter grande força moral e mesmo que o Ministério do Meio Ambiente perca parte de seus poderes, o fato de Marina encarar os “truculentos” e seguir desenvolvendo pautas ambientais pode ser entendido como uma vitória para o Brasil.