O colunista Luiz Megale, da BandNews FM, comentou sobre a operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) realizada na última quinta-feira (24) e que teve entre seus alvos o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro.
Após a divulgação da diligência dos agentes federais, o irmão de Jair Renan, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), minimizou a operação e afirmou que trata-se de perseguição pelo sobrenome da família, já que Jair Renan não poderia ter cometido qualquer delito por "não ter onde cair morto".
O jornalista relembrou que Jair Renan abriu uma empresa junto ao lobista investigado pela CPI da Covid, Marconny Albernaz Faria, que atuou com intermediário da Precisa Medicamentos - empresa, essa, envolvida no escândalo da compra da vacina Covaxin e que previa o pagamento de propina de US$ 1 para cada dose comercializada.
Além disso, Jair Renan e a mãe são investigados por suposta participação no esquema de rachadinha - desvio do pagamento de salários aos servidores e assessores - dos irmãos e, recentemente, se mudaram para uma mansão de R$ 3 milhões.
"Uma mansão que não condiz com a renda dos dois. Só ai já 'cai' a tese de que Jair Renan não tem onde cair morto."
Jair Renan também é investigado por receber um automóvel elétrico avaliado em R$ 90 mil de um empresário que, dias após o contato com Jair Renan, se encontrou com o governo federal e fechou 18 contratos de licitação de mineração em apenas três dias.
Por fim, Megale relembra que Jair Renan foi flagrado, no auge da pandemia de Covid-19, numa festa luxuosa e clandestina com mais de mil pessoas.
Segundo Megale, Jair Renan só é um bom menino "para os padrões Flávio Bolsonaro" e só não tem onde cair morto "para os padrões Flávio Bolsonaro".