O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta quarta-feira (27) a queda do sigilo do indiciamento de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado, em 2022.

Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro "planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva" da trama para a realização de uma ação que visava interferir no resultado eleitoral presidencial após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retornar ao poder.

De acordo com as investigações, o político tinha conhecimento, inclusive, dos planos para a execução de Lula, seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com Megale, o relatório produzido pela PF é "devastador" e que nele há o elo que liga a "tentativa golpista 'pré-posse de Lula' à intentona atrapalhada" do 8 de Janeiro.

"[A explicação] aparece no relatório, está minuciosamente detalhado como esses militares, como esses políticos e assessores jurídicos conseguiram manipular e modular os humores daquelas pessoas. Eles conseguiam aumentar e diminuir, estrategicamente, a mobilização daquelas pessoas", disse.

"Aquilo foi a tentativa final, a aposta do caos total para uma eventual decretação de uma GLO. Uma tentativa de se colocar os militares na rua e torcer para que pudesse culminar numa deposição, ou assassinato. [...] O ex-presidente, sem dúvidas alguma, será denunciado pelo Ministério Público. E esse julgamento, provavelmente o mais importante da nova República, deverá acontecer em 2025", analisou.