Luiz Megale: Prisão preventiva se aproxima após Bolsonaro citar fuga do país

Âncora também afirmou que a possibilidade de reclusão do ex-presidente ocorre por erros e manifestações do próprio ex-mandatário

BandNews FM

O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, comentou nesta segunda-feira (21) a respeito da declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que corre riscos "em solo brasileiro" em decorrência das investigações sobre a venda de itens do acervo presidencial.  

A fala foi entendida, por muitos, como uma possível indicação de que o ex-mandatário pode deixar o país e que, dessa maneira, abre-se a possibilidade para que Bolsonaro seja preso de maneira preventiva.

"Até a semana passada, podíamos afirmar com alguma segurança que a prisão preventiva não estava no horizonte. Mas agora, Bolsonaro, por livre e espontânea vontade, diz em voz alta que corre risco no Brasil, sugerindo que só estaria em segurança em algum país estrangeiro."

A fala refere-se a uma manifestação do ex-presidente declarada na última sexta-feira (18), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em que diz permanecer no Brasil "mesmo sabendo dos riscos que corre em solo brasileiro."

A possibilidade de saída do país, segundo a legislação brasileira, é um dos fatores que podem embasar um possível pedido de prisão preventiva - junto com o risco de destruição de provas e de possível interferência no processo.

Megale, na sequência, comentou sobre a série de desentendimentos que os advogados de Bolsonaro e de Mauro Cid tiveram nos últimos dias.

Isso porque o representante de Cid declarou que seu cliente confessaria os crimes a ele atribuídos nas investigações das joias e que incriminaria Bolsonaro. No dia seguinte, Cezar Bitencourt - advogado do ajudante de ordens -, recuou.

"Na sequência, os advogados de Mauro Cid e de Bolsonaro fazem aquela 'pataquada' que vimos desde quinta-feira. É uma possibilidade que o advogado de Cid tenha sido ameaçado. São possibilidades que podem pesar no momento em que a mão do ministro assinar uma eventual ordem de prisão preventiva."