O âncora Luiz Megale, do Jornal BandNews FM, comentou durante a manhã desta segunda-feira (7) sobre as investigações que pairam sobre o ex-ajudante de ordens presidencial Mauro Cid.
O jornalista elencou uma série de atividades suspeitas realizadas pelo militar e considera que Cid atuou como um "despachante de malandro" durante o período em que auxiliou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Mauro Cid fazia tudo, menos exercer o cargo de ajudante de ordens. Ia tentar trazer de volta itens que ficavam parados na alfândega, tentava vender no mercado paralelo relógio Rolex. As mensagens escritas por ele falam num valor de US$ 60 mil, que parece estar fora da realidade."
Megale também considerou que não há mercado para este tipo de comercialização, um vez que relógios de grifes e cravados de diamante devem ter uma certificação que atestem sua originalidade.
"[Cid] era um estudante brilhante da Academia Militar dos Agulhas Negras e tinha tudo para, daqui a oito anos, estar no topo da cadeia alimentar do generalato brasileiro, mas a vida é feita de escolhas. As escolhas de Mauro Cid o levaram a se tornar uma espécie de despachante de malandro."
Entenda o caso
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de 8 de Janeiro recebeu uma série de documentos que mostram uma tentativa de Mauro Cid de vender um relógio Rolex recebido em viagem oficial pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No dia em que o relógio foi liberado do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, Cid enviou e-mails em inglês com a precificação de US$ 60 mil - quase R$ 300 mil.