O âncora Luiz Megale, do Jornal BandNews FM, analisou durante a manhã desta quarta-feira (2) as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com o Centrão.
Segundo o jornalista, as tentativas do mandatário em rechaçar nomear os partidos de centro - PP, PL e Republicanos - de Centrão é uma mudança no discurso realizado durante a campanha.
Enquanto não comandava o Planalto, Lula criticava a aproximação do governo Jair Bolsonaro (PL) com os partidos que agora negociam com o petista.
"O que a gente acha graça, e isso vale para qualquer que seja o presidente, é que chamam aquilo pelo nome que ele tem, de Centrão, quando estão fora do poder. Uma vez colocado os pés no Planalto, viram 'partidos de centro que devemos negociar'."
Na mais recente participação de Lula no podcast 'Conversa com Presidente', o mandatário afirmou que o Centrão são apenas "partidos políticos" e que haverá negociações com os presidentes das siglas, não com o Centrão.
Megale criticou a fala de Lula e disse que o petista "pode chamar [o grupo] como quiser", mas que o Centrão continua com o cheiro que tem de "fisiologismo, do troca-troca e do toma lá, dá cá".
Lula e as negociações com o Centrão
Ao longo das últimas semanas, membros do primeiro escalão do governo federal afirmaram que as negociações com os partidos do Centrão avançaram e uma mini reforma ministerial deverá ocorrer para acomodar as indicações dos novos partidos.
Republicanos tenta emplacar Silvio Costa Filho no Ministério do Esporte, comandado por Ana Moser; e o Progressistas tenta colocar o líder do partido na Câmara, André Fufuca, para o Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente comandado pelo petista Wellington Dias.