O âncora Luiz Megale, do Jornal BandNews FM, comentou nesta sexta-feira (4) sobre o episódio de gordofobia realizado na Câmara dos Deputados pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, tenente coronel Zucco (Republicanos-RS), em fala contra a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
O jornalista questionou a ação do parlamentar e questionou até quando a sociedade brasileira aceitará ter um Congresso Nacional "desse nível".
"Baixo nível, show de horror, coisa nojenta. Qual a intenção do deputado? Fazer graça? Arrancar risadas? Agredir? Falhou em todas, a deputada não acusou o golpe."
Megale também elogiou Sâmia por levar o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Conselho de Ética da Casa.
Em seguida, o âncora pontuou que esse tipo de postura se assemelha aos comportamentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já que, no início de seu governo, o ex-mandatário retrucou a uma declaração do presidente da França ao chamar a esposa de Emmanuel Macron de "feia".
"O que esperar de uma gente que segue Bolsonaro? Ou ele não é o guia moral dessa gente? Qual o exemplo vem de cima? Houvesse um Conselho de Ética que se leve a sério, esse senhor seria tocado para fora hoje mesmo. É a pior composição do Congresso em sua história. Não há luz que se enxergue no fim do túnel."
Entenda o caso
Na sessão da CPI do MST da última quinta-feira (3), o deputado federal tenente coronel Zucco (Republicanos-RS), que preside os trabalhos da comissão, afirmou que a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) estava nervosa e que deveria se acalmar. Como sugestão, questionou se a parlamentar queria um hambúrguer.
Por fim e após muitas críticas de seus pares, o presidente dos trabalhos aceitou retirar das notas taquigráficas - onde permanecem os registros de falas dos deputados - as declarações realizadas contra a deputada psolista.