Luiz Megale: Como o Exército autoriza uma pessoa com esquizofrenia a comprar fuzis?

Colunista falou sobre o caso do atirador de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, que matou pai, irmão e um policial após ter um surto; com a família refém, homem realizou mais de 300 disparos

Marcas de tiros em casa em que homem matou pai e irmão no RS
Reprodução/Band

O colunista Luiz Megale, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta quinta-feira (24) os desdobramentos da investigação dos assassinatos provocado por Edson Fernando Cripa, que matou pai, irmão e um brigadista militar na última quarta.

Informações da Brigada Militar são de que o atirados já havia sido internado quatro vezes em hospitais psiquiátricos e tinha porte de quatro armas, sendo uma delas um fuzil.

Megale questionou o Exército Brasileiro e a Polícia Federal por permitir que Edson pudesse ter autorização de ter armas de fogo de grosso calibre.

"Quem deu essa autorização? Em tese, o Exército. As armas estavam todas registradas no sistema da Polícia Federal e do Exército Brasileiro. Até 48 horas atrás, esse homem estava em dia com o Estado", analisou.

"Um esquizofrênico, com quatro internações, um desequilibrado, estava completamente em dia com o Estado. Houve um entendimento do Estado de que esse homem poderia ter todo esse armamento. Deu no que deu. O Estado autorizou um homem, obviamente sem condições de portar uma faca de açougueiro, a ter em mãos fuzis e centenas de munições", completou.

O âncora ainda questionou se o governo brasileiro irá ser responsabilizado pela morte do brigadista militar, que deixou um filho de 45 dias de vida. 

"O Estado vai participar da criação desse garotinho de 45 dias, filho do policial que foi morto por esse assassino fortemente armado e completamente de acordo com o Estado? Como vai ficar essa criança e as famílias?", finalizou.

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