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Luiz Megale: Bolsonaro e sua turma sabiam que cometiam peculato ao desviar joias

Âncora ressaltou que qualquer explicação além da verdade, possivelmente contada pelos investigados, apresenta contradições

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O âncora Luiz Megale, da BandNews FM, comentou durante a manhã desta quarta-feira (23) sobre o depoimento agendado pela Polícia Federal (PF) que pretende ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias presidenciais supostamente vendidas nos Estados Unidos.

Além do mandatário, também serão ouvidos a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL), o advogado Frederick Wassef, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o general Mauro Lourena Cid.

Para o jornalista, a única versão sobre o caso que se sustenta é a verdade, já que possíveis versões alternativas apresentariam "contradições".

"Essa turma recebeu presentes que pertenciam ao Estado brasileiro, desviaram esses presentes, venderam as joias em locais e embolsaram a grana. Outra história não para em pé."

Megale pontua que, se os itens de luxo fossem, de fato, personalíssimo - ou seja, propriedade do presidente em exercício -, eles deveriam ter sido registrados com pagamento de impostos. O que não aconteceu.

"Nada disso foi feito, portanto, havia o entendimento, entre eles, de que aqueles objetos estavam sendo desviados num crime chamado de peculato. Um roubo por se apropriar de algo que não é seu, e sim do Estado brasileiro."

Entenda o caso

A Polícia Federal (PF) informou que irá colher, no dia 31 de agosto, o depoimento dos envolvidos no caso das joias. As diligências acontecerão no mesmo horário, com a intenção de limitar uma possível combinação de versões do fato entre os investigados.