A CPI da Pandemia começou a ouvir o empresário bolsonarista Luciano Hang, suspeito de financiar a divulgação de notícias falsas, em especial sobre tratamentos ineficazes contra a Covid-19. A sessão começou por volta das 10h30 desta quarta-feira (29) e os senadores tiveram vários momentos de tensão no início da sessão.
O nome de Hang também apareceu, na CPI, durante as investigações sobre a operadora de plano de saúde Prevent Senior. No atestado de óbito da mão dele, a Prevent Senior teria omitido a Covid-19 como causa da morte.
Nos primeiros minutos da sessão, Hang disse que a comissão não tem qualquer tipo de prova contra ele. O empresário afirmou que não é negacionista e não é nem nunca foi contra a vacina.
O dono da loja de departamentos Havan disse que nunca fez parte de nenhum gabinete paralelo e nunca financiou nenhum esquema de fake news. O empresário destacou ser uma vítima de conjunto de narrativa por não ter medo de falar a verdade.
No entanto, o advogado do empresário disse que Hang, na qualidade de investigado, possui orientação da defesa de não assinar o documento em que se compromete a dizer a verdade.
Questionado pelo relator Renan Calheiros, o empresário confirmou que possui contas fora do país e diz que todas estão declaradas na Receita e auditadas.
Ele afirma que jamais pegou empréstimo do BNDES e que nunca pegou empréstimo durante o governo do PT.
ANTES DA REUNIÃO
Antes da sessão começar, Hang conversou com a impressa e disse que não é político nem possui político de estimação. Ele ressaltou que não pediu habeas corpus no Supremo porque quer que os senadores o deixem falar.
Hang tentou entrar no Senado com algemas, mas foi barrado pelo detector de metais.
Nos últimos dias, ele postou vídeos com esse acessório, dizendo que entregaria a chave para os parlamentares.
O relator, Renan Calheiros, disse que a CPI está acostumada com bobos da corte e se Hang tiver de ser preso, será por decisão da justiça.