Uma loja de queijos de Macapá foi uma das maiores vencedoras do leilão para a compra de arroz importado promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A loja, quem tem como razão social o nome “Wisley A. de Sousa”, com capital social de R$ 5 milhões. Ela fechou seis lotes de compra, ficando responsável por importar 147 mil toneladas de arroz para o governo, volume avaliado em R$ 736 milhões.
Além da loja de queijos, uma empresa chamada “ASL - Locação de Veículos”, outra chamada “IceFruit “Indústria de Alimentos” chamaram atenção como vencedoras do leilão. A empresa “Zafira Trading” também arrematou lotes.
A Conab e outras pessoas com conhecimento do leilão afirmaram que a prática não é ilegal, já que qualquer pessoa pode participar. Essas empresas foram representadas por corretoras contratadas durante o leilão, fechando o arremate.
As vencedoras assumiram o compromisso de trazer o arroz impostado para o país até setembro. O governo, então, vai comprá-los dessas empresas pelo valor de R$ 5 quilo, repassando para os consumidores por R$ 4.
As empresas vencedoras agora precisam depositar um valor de 5% do contrato para a Conab nos próximos cinco dias, como sinal de que consegue fazer a operação.
A loja de queijos, por exemplo, precisa pagar R$ 37 milhões. Caso a empresa não cumpra com o compromisso, a corretora que a representou no leilão é que arca com o valor.
Segundo a Conab, não há risco de prejuízo para o governo, já que as corretoras que participam nessas operações são conhecidas no mercado e já passaram por esse tipo de experiência.
A suspeita é que as empresas que participaram do leilão foram usadas por grupos de investidores que buscam novos investimentos.