Líderes internacionais se manifestam após desistência de Biden

Governos de Inglaterra, Rússia, Alemanha e Israel demonstram apoio à decisão do presidente americano

Rádio BandNews FM

Putin
Sputnik/Vladimir Astapkovich/Kremlin

Líderes internacionais da Inglaterra, da Rússia, da Alemanha e de Israel se manifestam após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar que não vai mais concorrer à reeleição.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que respeita a decisão do presidente dos Estados Unidos e que pretende continuar trabalhando junto até o fim do mandato dele. Em um pronunciamento oficial, o britânico discursou dizendo que Joe Biden tem uma carreira política memorável e que deve ter tomado a decisão de sair da corrida à Casa Branca de olho nos interesses da população.

O antecessor de Starmer, o ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, não poupou elogios ao presidente dos Estados Unidos. Segundo ele, trabalhar com Biden deixou claro o quanto o americano é apaixonado pelo próprio país e dedicado ao serviço público.

Ainda na Europa, o premiê alemão Olaf Scholz elogia a atuação de Biden. Em uma breve mensagem postada nas redes sociais, ele chamou o americano de "amigo".

"Meu amigo Joe Biden conseguiu bastante pelos Estados Unidos, pela Europa e pelo mundo. Graças a ele, a cooperação transatlântica está próxima, a Otan está forte, e os Estados Unidos são um bom e confiável parceiro para nós. A decisão dele de não concorrer novamente à presidência merece reconhecimento", escreveu.

O governo da Rússia afirma que acompanha com atenção os acontecimentos nos Estados Unidos. O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov lembrou que a eleição está a quatro meses de distância e que muita coisa pode acontecer até lá e interferir as relações internacionais.

O presidente russo Vladimir Putin havia manifestado apoio a Joe Biden na disputa americana. Segundo ele, o atual presidente é mais previsível, mais experiente e um político mais ao "estilo antigo".

O presidente de Israel, Isaac Herzog, foi o primeiro líder internacional a manifestar solidariedade à desistência. Em uma mensagem postada nas redes sociais, ele avaliou que Joe Biden foi um "verdadeiro aliado do povo judeu" ao longo do mandato. "Quero estender os meus sinceros agradecimentos a Joe Biden pela sua amizade e apoio inabalável ao povo israelita ao longo das suas décadas de carreira", escreveu.

Isaac Herzog lembrou: "Como o primeiro presidente dos EUA a visitar Israel em tempo de guerra, como destinatário da Medalha de Honra Presidencial Israelita e como um verdadeiro aliado do povo judeu, ele é um símbolo do vínculo inquebrável entre os nossos dois povos". "Envio a ele, à primeira-dama Jill Biden e a toda sua família meus mais calorosos votos de Jerusalém", concluiu.

No Brasil, até o momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se manifestou sobre os acontecimentos nos Estados Unidos. 

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, disse que a decisão de Biden dá um novo fôlego para a disputa e ressaltou que, na avaliação do governo brasileiro, a vice-presidente Kamala Harris é o melhor nome para entrar na disputa, já que se aproveitaria da estrutura já montada pelo atual presidente. As informações sobre a posição do Itamaraty são do repórter da Band Túlio Amâncio.

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