Centenas de empresários, economistas, diplomatas e representantes da sociedade civil divulgaram nesta quarta-feira (04) um manifesto em defesa do sistema eleitoral no Brasil. O texto foi publicado no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro foi incluído no inquérito das fakes news por espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas.
Segundo o comunicado, batizado de "Eleições serão respeitadas", “o princípio-chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação dos seus resultados por todos os envolvidos”.
O manifesto não cita o presidente Jair Bolsonaro, mas é categórico ao dizer que “a sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias”.
Mais de 260 pessoas assinam o documento. Entre elas, nomes de peso do mercado empresarial e financeiro, como Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, do Itaú, além dos economistas como Armínio Fraga, Pérsio Arida e Ilan Goldfajn.
INQUÉRITO
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu nesta quarta-feira (4) Jair Bolsonaro no inquérito das fake news. O magistrado aceitou uma notícia-crime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, o presidente deve ser investigado pelos ataques e as declarações contra a segurança das urnas eletrônicas.
Apesar das alegações, Bolsonaro nunca apresentou provas de fraudes no sistema de votação. Durante uma live da última quinta-feira (29), ele admitiu ter somente indícios de irregularidades: "Não temos provas, vamos deixar bem claro, mas indícios".