Líder do grupo Wagner deixou a Rússia e está exilado em Belarus

Após acordo com o governo belarusso, Yevgeny Prigozhin seguiu para o país e provocou o recuo dos mercenários na Rússia

Da Redação

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, deixou a cidade de Rostov, na Rússia, e está em Belarus. A informação foi confirmada pelo presidente do país, Alexander Lukashenko, que costurou o acordo para que o motim no fim de semana fosse encerrado.

A Rússia prometeu não processar o líder do grupo paramilitar, formado por mercenários, e também os soldados do Grupo Wagner. Essa foi uma atitude que gerou muita surpresa num país que costuma prender pessoas que são contra a guerra na Ucrânia, ou que fazem afirmações que desagradam o governo russo.

Futuro do Grupo Wagner

Vladimir Putin prometeu anistia aos rebeldes e agradeceu por eles terem evitado um banho de sangue. Os mercenários poderão se deslocar para Belarus, assinar um contrato com o Ministério da Defesa e fazer parte do exército russo, ou até voltar para suas famílias. 

Todas as armas do grupo Wagner serão entregues ao Ministério da Defesa russo, que indica o fim do grupo paramilitar. Putin confirmou ainda que o grupo era totalmente subsidiado pela Rússia e que recebeu entre maio do ano passado e deste ano o equivalente a R$ 4,8 bilhões para pagamento de salários e bônus. 

A estimativa é que cerca de 50 mil soldados formam o grupo Wagner. Em um áudio divulgado ontem, o líder do grupo disse que o objetivo não era tirar Putin do poder com o levante, nem políticos eleitos, mas sim um protesto dos mercenários, porque havia uma disputa de poder com o Ministério da Defesa, que queria que os soldados fossem integrados às forças armadas.

Esse episódio aconteceu num momento crucial da guerra, em que a Ucrânia lança uma contraofensiva, mas que não afetou em nada a linha de frente. Por enquanto, seguem as batalhas e o exército russo segue lá, defendendo suas posições.

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