O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse na noite de terça-feira (18) que a adesão de partidos do Centrão na base aliada está “consolidada”. O petista, no entanto, disse que dependerá do presidente Lula (PT) a definição dos ministérios que serão entregues ao Progressistas e ao Republicanos.
O Centrão é formado por um grupo de legendas que troca apoio político em detrimento de cargos e indicações políticas nos escalões do governo. Estes partidos foram base de sustentação de Jair Bolsonaro (PL).
José Guimarães conversou com jornalistas no Palácio do Planalto. Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é responsável pela negociação com o Congresso, recebeu deputados dos partidos mencionados pelo líder.
O parlamentar ainda disse que André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) são cotados para assumir um ministério “a qualquer momentos”, destacando que o presidente Lula ainda precisa voltar de viagem para debater melhor o tema.
O brasileiro retorna a Brasília nesta quarta-feira (19) após dois dias de agendas bilaterais na Bélgica durante a cúpula de países Latino-Americanos e Caribenhos com nações da União Europeia.
PP e Republicanos estudam aderir ao governo há tempos, embora as legendas afirmem independência. Os partidos já entregaram votos favoráveis ao governo em projetos importantes e podem aumentar a base de apoio do Planalto no parlamento.
André Fufuca é cotado para o ministério do Desenvolvimento Social, embora a pasta esteva atualmente com o PT, o ministro Wellington Dias. Enquanto o Republicanos almeja o comando do Esporte ou do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O movimento por cargos é parecido com o que terminou com a troca no comando do Ministério do Turismo. Por decisão do União Brasil, o deputado Celso Sabino (União-PA) assumiu o lugar de Daniela Carneiro, importante aliada de Lula na Baixada Fluminense, uma região do Rio de Janeiro dominada por apoiadores de Bolsonaro.