O Ministério da Saúde do Líbano disse que ao menos 492 pessoas ficaram mortas e outras 1.645 feridas após Israel lançar um amplo ataque aéreo no país. Momento antes do bombardeio, as Forças de Defesa israelenses alertaram, por meio de mensagens de texto e voz, a população civil para que se afastassem de posições consideradas depósitos de armas do grupo extremista Hezbollah.
Este é considerado é o ataque mais amplo territorialmente desde o início do conflito entre Israel e o grupo extremista. Segundo o governo de Benjamin Netanyahu, ao menos 1300 alvos do Hezbollah foram atacados e um dos comandantes do alto escalão, identificado como Ali Karaki, foi morto.
No último domingo (22), o grupo extremista lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones a região norte de Israel, como forma de retaliação.
Em um comunicado, o primeiro-ministro Libanês, Najib Mikati, acusou Israel de criar um plano de destruição.
"A agressão persistente de Israel contra o Líbano é uma guerra de extermínio em todos os aspectos, um plano de destruição que pretende pulverizar os vilarejos e cidades libaneses”, destacou.
REAÇÃO NO EXTERIOR
O governo do Brasil informou que está em contato com comunidades brasileiras no Líbano e afirmou que, caso a situação exija uma evacuação, o Itamaraty irá organizar uma operação para retirá-los do local, semelhante a evacuação de brasileiros que estavam em Israel e em Gaza.
Em nota, o governo brasileiro disse condenar os contínuos ataques aéreos israelenses contra civis em Beirute, no Sul do Líbano e no Vale Begaa.
“O governo brasileiro [..] deplora declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressa grave preocupação ante exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões”, afirmou.
“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis”, continuou.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, a Embaixada do Brasil no Líbano continua prestando assistência e fornecendo informações a comunidade brasileira que está no país.