Lewandowski comenta abusos cometidos pela PM: "Polícia democrática não pode praticar violência"

Ministro da Justiça e Segurança pública comentou sobre os episódios ocorridos em São Paulo na última semana

Lewandowski comenta abusos cometidos pela PM: "Polícia democrática não pode praticar violência"
Ricardo Lewandowski
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comentou nesta quinta-feira (5) sobre os recentes casos de violência policial ocorridos no Estado de São Paulo. 

O ministro participa de um encontro com secretários de segurança de todos país para discutir a ação das polícias. 

“É uma questão que nos preocupa. Uma polícia verdadeiramente democrática, uma polícia que quer verdadeiramente a segurança do cidadão, não pode praticar violência”, disse. 

O ministro ainda disse que a sua pasta estuda a criação de um ato normativo sobre o uso da força policial, para que a opção de violência extrema seja apenas a última opção. Ele não deu detalhes do documento e nem como ele seria adotado. 

A questão da violência policial voltou a virar temas de debates depois de dois episódios flagrados em câmeras em São Paulo. Um policial à paisana matou um ladrão a tiros após ele furtar sabote no mercado. Outro policial jogou um suspeito de uma ponte durante uma abordagem. 

“Temos grande confiança nas corporações policiais, sejam elas militares ou civis, mas nós não podemos compactuar com estes casos. Esperamos, e tenho certeza, que são casos isolados de violência contra os civis, que são meros suspeitos e são vítimas de uma violência injustificada”, disse Lewandowski.

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou, nesta quinta-feira (5), a prisão preventiva de Vinicius de Lima Britto, PM responsável pelo assassinato do jovem negro em frente a um mercado Oxxo na Zona Sul de São Paulo. 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também foi questionado sobre a repercussão dos casos de violência policial. Sobre o uso das câmeras corporais na PM de São Paulo, Tarcísio declarou, hoje (5), que tinha uma visão “equivocada” sobre o uso e informou que vai manter e ampliar o programa no estado, por estar "completamente convencido de que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial".

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