Levantamento da BandNews FM mostra 11 promotorias que apuram denúncias de fura fila para imunização contra a Covid-19
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O escândalo envolvendo a aplicação irregular de vacinas contra o coronavírus não está restrito a Manaus.
Um levantamento realizado pela Rádio BandNews FM mostra que pelo menos 11 promotorias do Brasil apuram denúncias de pessoas que furaram a fila para se imunizar.
O impasse envolvendo a prioridade na vacinação começou na última terça, em Manaus.
A Rádio BandNews FM denunciou que as médicas recém-formadas Isabelle e Gabrielle Lins, que postaram fotos tomando as doses, haviam sido recém-nomeadas pela Prefeitura da cidade.
As irmãs são filhas de um grande empresário do município, Nilton Lins.
Elas passaram a trabalhar, apenas no início do mês, na UBS que fica em um terreno doado pelo pai em uma avenida que leva o nome dele.
Quem tomar ou aplicar irregularmente a vacina pode responder criminalmente por peculato e improbidade administrativa, segundo a promotora Lilian Nara Almeida, responsável por uma ação contra o município de Manaus:
O Ministério Público Federal e o MP do Amazonas pedem que a gestão da capital amazonense preste contas diariamente da relação de pessoas imunizadas contra o coronavírus.
De acordo com a promotora Lilian Nara Almeida, o objetivo é evitar que pessoas fora do grupo prioritário furem a fila de vacinação:
Segundo levantamento da BandNews FM, além do Amazonas, há denúncias de irregularidades no processo de vacinação nos estados do Ceará, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Pará, Amapá e no Distrito Federal.
Em algumas regiões, políticos e servidores são acusados de furar a fila.
Na Bahia, o Ministério Público apura a imunização do prefeito de Candiba, cidade do sudoeste do Estado.
Reginaldo Prado foi um dos primeiros a receber a vacina contra a Covid-19 mesmo sem integrar o grupo de prioridades da primeira fase.
Já no Ceará, a imunização do médico e vice-prefeito de Juazeiro do Norte, Giovanni Sampaio, também virou alvo de investigação.
É possível enviar denuncias de irregularidades ao Ministério Público Federal pelo aplicativo “MPF Serviços” ou pelo e-mail pram-sac@mpf.mp.br.
Outro canal para contatar a entidade é o site http://www.mpf.mp.br/mpfservicos