A colunista Lana Canepa, da BandNews FM, deu informações exclusivas sobre o caso das joias que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, a Polícia Federal (PF) chegou a afirmar que o político mentiu em depoimento ao afirmar que guardou um dos itens de luxo na fazenda do ex-piloto, Nelson Piquet.
Segundo a jornalista, interlocutores na Polícia Federal informaram que o setor de perícia aguarda a chegada de outras joias que foram retiradas do acervo presidencial para ser comercializadas nos Estados Unidos.
"[Questionei a PF se] houve um erro de cálculo ou mais joias, mais presentes estão sendo periciados e vão entrar nessa conta e por isso a divergência de valor? E a resposta foi o seguinte: São duas coisas distintas. O que gerou o erro foi uma soma equivocada dos itens da planilha cujos valores corretos sempre estiveram no relatório. O valor vai aumentar, sim, assim que a perícia apresentar o valor de joias que estão sob análise", disse.
No entanto, ao entrar em contato com fontes no setor da perícia da PF, foi informado à colunista que não haviam itens de luxo para serem periciados e que envolvem esse caso.
"Fui falar com as minhas fontes da perícia, na Polícia Federal, e me disseram que no Brasil não há nada na fila. Estão aguardando a chegada de algumas peças no exterior, com aquele acordo de colaboração com as autoridades norte-americanas, para avançar com essa investigação. Então sim, há uma perspectiva de que o valor aumente", pontuou.
"Outras peças devem chegar na mão da perícia da Polícia Federal e o valor de R$ 6.8 milhões vai aumentar. Quis trazer esse elemento novo porque é importante que a gente saiba que, apesar de já estar um pacote enorme de documentos e provas na mão da Procuradoria-Geral da República (PGR) para uma análise e para eles entenderam se isso é o suficiente, ainda tem uma coisa aqui ou acolá que vão aparecendo dentro dos documentos da Polícia Federal", completou.
Ainda de acordo com Lana, havia uma operação "meio desesperada" de servidores públicos envolvendo as joias, para que os itens fossem colocadas no avião presidencial, em dezembro de 2022, e levadas aos Estados Unidos para negociação.
"O que a Polícia Federal está dizendo é que havia um plano desenhado, por isso uma associação criminosa, porque tanta gente envolvida nesse crime de peculato e lavagem de dinheiro com a venda dessas joias, desses presentes no exterior", finalizou.