Lana Canepa

Lana: Especialistas apontam crime na gravação de Ramagem com Jair Bolsonaro

Colunista da BandNews FM analisa a gravação realizada pelo ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, em que Bolsonaro fala sobre supostos problemas de sua família com a Justiça

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Lana Canepa

Lana Canepa é diretora-executiva da Band Brasília e participa diariamente do BandNews no Meio do Dia

A colunista Lana Canepa, da BandNews FM, apontou em sua análise nesta terça-feira (16) que há a possibilidade de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, terem cometido crimes.

A alegação baseia-se no áudio encontrado pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre uma suposta "Abin paralela" que teria atuado durante o governo Jair Bolsonaro. Na última segunda-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do documento apreendido no celular de Ramagem.

Nele, foi possível conferir o ex-presidente e o ex-diretor da agência, junto ao ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), debatendo medidas para anular as investigações contra o parlamentar por suposta prática de "rachadinha".

No entanto, Ramagem gravou um vídeo para suas redes sociais em que afirmou que Bolsonaro tinha conhecimento da gravação e que o registro não foi clandestino: "Havia o aval e o conhecimento do presidente. A gravação aconteceu porque veio uma informação de uma pessoa que viria na reunião, que teria contato com o governador do Rio à época [Wilson Witzel], que poderia vir com uma proposta nada republicana".

"Ramagem gravou e mesmo assim eles falaram sobre a possibilidade do uso das estruturas do Estado para beneficiar a família Bolsonaro. [...] E Bolsonaro mesmo propõe: 'Será que não é o caso falar com o chefe da Receita?'", pontua Lana.

Para a jornalista, o caso é tido por especialistas como um possível cometimento de crime. "Primeiro, o uso indevido da máquina, do Estado. Isso, para alguns especialistas, é visto como prevaricação. Há o cometimento de crime mesmo se estivessem conversando sobre a possibilidade de usar os contatos que tem, para se beneficiar, para beneficiar Flávio Bolsonaro", pontuou.

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