La Niña e ciclone explicam chuva acima da média no Sudeste

No Rio de Janeiro, nos primeiros 22 dias do mês já choveu mais que o previsto para o mês fevereiro

BandNews FM

La Niña e ciclone explicam chuva acima da média no Sudeste
Agência Brasil

O volume de chuvas na cidade do Rio de Janeiro aumentou em 66% no mês de fevereiro, em relação à períodos anteriores, segundo dados do Sistema Alerta Rio. Análise do Centro de Operações do Rio de Janeiro aponta que até quarta-feira (22), choveu 200 milímetros na capital fluminense, acima da média para o mês, que é de 120 mm.

Especialistas afirmam que o fenômeno “La Niña”, que é o resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, tem provocado mais chuva no Sudeste e a seca sentida no Rio Grande do Sul.

O professor de Departamento de Geografia da UFRJ, Ricardo Gonçalves Cesar, afirmou que o aumento de mais de 66% no volume de chuva no Rio de Janeiro e as enchentes em São Paulo, também aconteceram devido a formação de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico.

Ricardo ressalta que o La Niña deve enfraquecer até o fim de maio, melhorando um pouco a situação. Logo após, há um modo de transição, denominado neutro. Isso ocorre para dar início a um outro fenômeno oposto, o El Niño, responsável por um período de seca no Nordeste e aumento de chuvas no Sul.

No último fim de semana, o litoral norte de São Paulo registrou o maior volume de chuvas do país em 24 horas. Em São Sebastião, o acumulado foi superior a 700 milímetros, mais que o dobro do previsto para o mês inteiro. Até esta quinta-feira (23), a Defesa Civil contabilizava 49 mortes e 38 desaparecidos.

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, mais de 300 municípios decretaram situação de emergência em decorrência a seca.

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