A cidade de Kiev voltou a ser alvo de bombardeios russos nesta quinta-feira (03), oitavo dia da invasão das tropas de Vladimir Putin à Ucrânia e às vésperas de uma reunião entre representantes dos dois países para discutir um cessar-fogo.
O encontro, que será realizado em Belarus, aconteceria nesta quarta-feira (02), mas foi adiado.
Segundo serviços de emergência ucranianos, os ataques mais recentes em Kharkiv deixaram 34 civis mortos e 285 feridos.
Nas últimas horas, o exército russo anunciou avanços em vários territórios, mas o Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que as cidades de Kharkiv, Chernihiv e Mariupol permanecem sob controle do governo da Ucrânia.
Por outro lado, as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controle da cidade portuária de Kherson, no sul do país.
Em pronunciamento à população, o presidente da Ucrânia afirmou que os russos serão obrigados a voltar para a casa com a vergonha que merecem.
Volodymyr Zelensky ressaltou que os solados ucranianos estão impedindo o avanço das tropas da Rússia na capital Kiev e que o país vai receber a ajuda de 16 mil voluntários estrangeiros para lutar.
Zelensky ainda celebrou a decisão da Assembleia-Geral da ONU, que condenou a invasão russa.
E disse que, até agora, 9 mil soldados russos foram mortos pelas forças ucranianas; a Rússia, no entanto, fala em cerca de 500 baixas.
Do lado ucraniano, seriam – até o momento – mais de dois mil civis mortos, segundo o Serviço de Emergência da Ucrânia.
Nesta quinta-feira (03), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, voltou a condenar as sanções impostas ao país e afirmou: a “União Europeia quer dizer como temos que viver na Europa”.
Segundo ele, os políticos do Ocidente é que falam em Terceira Guerra Mundial com o uso de armas nucleares, e não Moscou.
Sergei Lavrov ainda falou sobre a negociação com a Ucrânia e disse, sem entrar em detalhes: “Temos que acabar com essa guerra que está em território ucraniano”.
O Kremlin ainda elogiou a atuação das tropas russas que lutam na Ucrânia e classificou os soldados como heróis que entrarão para a história ao lado dos que derrotaram a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.