Gilberto Kassab, fundador e presidente nacional do PSD, disse nesta terça-feira (8) em entrevista exclusiva ao BandNews FM No Meio do Dia que Ratinho Júnior, atual governador do Paraná, “está bem encaminhado” para ser o candidato do partido à presidência da República nas eleições de 2026. A decisão, no entanto, ainda dependerá de uma série de conversas.
“É muito cedo para qualquer definição. Quando tivermos, vai ser fruto de muita discussão. O PSD, nesses 13 anos de vida, não teve uma única crise, muito por conta desse cuidado de fazer com que todos que tenham a sua importância participem das decisões. Se o PSD tiver candidato, o que está bem encaminhado é que seja Ratinho Júnior, mas isso vai ser aprofundado e não é o momento ainda”, disse.
O PSD foi o partido que apresentou melhor desempenho nas eleições municipais de 2024. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao menos 877 dos 5.569 municípios brasileiros serão comandados por prefeitos do partido. Segundo colocado, o MDB elegeu ao menos 844 prefeitos – esta foi a primeira vez desde 1988, após a redemocratização, que a sigla de Ulysses Guimarães não conquista a maior quantidade de prefeituras.
Ao exaltar o desempenho do partido, Kassab atribuiu o crescimento a “bons quadros” e fez uma comparação com o PSDB de décadas atrás.
“Um dos segredos é trazer bons quadros ao partido. Quem sempre fez isso em um passado recente foi o PSDB, que investia na imagem de bons quadros, com Franco Montoro, Mário Covas, José Serra, Fernando Henrique Cardoso. O PSD hoje, através de bons quadros, seja com dirigentes, deputados, vereadores, governadores, transmite o que é o partido”, afirmou.
Como exemplo, citou Eduardo Paes (reeleito prefeito do Rio de Janeiro), Pedro Paulo (deputado federal pelo Rio de Janeiro), Eduardo Pimentel (candidato à prefeitura de Curitiba que foi ao segundo turno), Topázio (reeleito prefeito em Florianópolis) e Rodrigo Pacheco (presidente do Senado Federal).
Além disso, fez questão de destacar alianças com nomes importantes de outras siglas, como Tarcísio de Feitas (Republicanos), governador de São Paulo.
“Não aceitamos enfrentamento, radicalização. Investimos na posição de ser de centro. Então é natural que tenhamos ativos diferentes; na Bahia, um posicionamento mais à esquerda; no Paraná, mais à direita; em São Paulo, bem ao centro; no Rio de Janeiro, mais à esquerda; em Santa Catarina, mais à direita. Um partido de centro é isso, conversa ideologicamente com todos. Isso nos dá capacidade de crescimento, acabamos não tendo arestas.”