A Justiça do Distrito Federal decidiu, na tarde desta segunda-feira (23), manter a prisão do motorista e do dono da empresa responsável pelo veículo que provocou um acidente no último sábado, que deixou cinco pessoas mortas e 15 feridas.
O acidente ocorreu na rodovia BR-070, em Ceilândia, quando o motorista tentou fugir de uma fiscalização do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e, durante a fuga, colidiu com outro veículo e tombou.
O responsável pela empresa Viagens Iris, Alexandre Henriques Camelo, e o filho dele, Felipe Alexandre Gonçalves, que dirigia do ônibus, estão presos preventivamente.
Segundo a Polícia Civil do DF, os homens irão responder pelo crime de homicídio doloso.
A empresa não tinha autorização de transporte interestadual, mas mantinha uma loja de vendas nas rodoviárias de Taguatinga (DF) e Valparaíso (GO).
A companhia já foi condenada por outro acidente. O caso aconteceu em 2012 e resultou na morte de Terezinha de Souza Araújo, de 75 anos, após outro veículo capotar devido a más condições. A sentença só foi expedida em 2017. Na mesma época, uma pessoa ferida no acidente processou o grupo.
Segundo os investigadores, o dono da empresa, Alexandre Henriques Camelo, a esposa dele, Iris Gonçalves Sampaio, e o filho do casal, Felipe Alexandre Gonçalves, acumulam 18 ações contra eles na justiça por questões trabalhistas, quebra dos direitos do consumidor e estelionato.